segunda-feira, novembro 06, 2006

O que era para ter sido e nunca foi.

Se você que saber o por quê do meu sumisso continue lendo. Caso contrário ignore esse parágrafo. Como todos sabem passei um tempão sem net, agora ela voltou mas não sei por quanto tempo. Durante esse tempo escrevi váááárias coisas. Umas engraçadas, outras impublicáveis, outras de chorar mas não foi só para eu ter o que colocar aqui no blog depois, mas sim porque eu realmente tô gostando de escreve. Pra escrever não é simplesmente sentar na frente do pc e tenta coloca algum história com começo meio e fim pra vocês ler. Tem que te uma certa inspiração, e essa muitas vezes demoooora pra vim. Então se o blog fica muito tempo parado, não me xinguem, tentem dar idéias pra ver se melhora um poco. Também não queria que o blog ficasse uma coisa meio "rotineira", que é atualizada dia sim dia não. Assim perde a graça. Mas de para alegria geral da nação cá estou eu novamente. E para retomar as histórinhas, uma que vai direto no fígado de muitos por ai.

Geralmente um pai de família faz de tudo por seu filho. É capaz de fazer vários sacrifícios só para ver um sorriso estampado em seu rosto. Mas nem todos têm o privilégio e orgulho de ter esse tipo de pai.

- ô pai!
- Não enche!
- Preciso de dinheiro pra i pra facul. – disse Beto em tom medroso.
- Mas de novo? – pergunta o pai de forma grosseira, como de costume.
- De novo o quê?
- Porra! Te dei 5 pila ontem e hoje já quer de novo??
- Sim. 5 pila dá pra eu i e volta e ainda sobram 90 centavos, quer que eu te devolva eles também?
- Quanto tu precisa?
- 10 pila.
- Não tenho.
- O quê? – indaga o filho meio assustado e indignado.
- Não tenho pow! Vô faze o que se não tenho?
- Aaafff! Vai à merda também! Tu não serve pra nada além de paga minhas contas. – retruca Beto muito irritado. Ele vira-se e vai embora, rezando para que tenha algumas moedas na mochila para ele conseguir pagar o ônibus.
Beto sempre quis que sua família fosse normal. Daquelas que saem para viajar, jantar fora, fazer os legítimos programas de família. Mas isso nunca aconteceu. O assunto em casa era sempre trabalho, trabalho, trabalho e falta de dinheiro. Por mais que todos trabalhassem eles continuavam gastando muito, para a fúria do seu pai. Um cara um tanto quanto perfeccionista, autoritário ao extremo e egoísta. Por mais perfeccionista que fossem ele sempre deixava tudo relacionado a sua família pela metade. Começava mas não acabava deixando sua casa uma legítima bagunça para. Por muito tempo, Beto ignorou os fatos que aconteciam dentro de casa diariamente. Procurava ficar o menor tempo possível dentro de casa, pois só assim ele conseguiria ficar alienado das coisas que lá aconteciam. Mas aos poucos sua paciência foi chegando ao fim. E junto com ela uma forte depressão. Sentia-se mal por tudo que estava acontecendo. Seu rendimento na escola começou a cair de forma exponencial, saia de manhã de casa para ir à escola e só voltava perto da meia noite, na maioria das vezes, bêbado. Isso se repetia quase toda a semana e quando seus pais tentavam falar com ele, Beto jogava tudo na cara dos pais, dizendo que era culpa deles ele estar assim, pois ninguém fazia nada para melhorar o ânimo dentro de casa. Seus pais tentavam se iludir achando que não era culpa deles o estado do filho, mas lá no fundo eles sabiam que tudo que eles passaram e deixaram de fazer ia acarretar em sérias mudanças no perfil do filho, que antes era uma pessoa fora de série, gente finíssima como todos seus colegas e amigos falavam e agora estava transformado em um bêbado rebelde.
Não eram nem uma nem duas vezes que Beto e seu pai brigavam, briga de soco, e sim quase todos os dias. No mínimo uma discussão e xingamentos de filho da puta para cima. Beto ameaçava se matar para susto de todos. Seus pais achavam que ele estava blefando e não deram bola, o que deixava seu filho muito mais irritado. Até que um dia Beto não foi à aula, acordou cedo e colocou o volume do som no máximo tocando AC/DC e não saiu de casa o dia inteiro. Saiu somente do quarto para pegar um copo de água. Passou reto pela sala, ignorando a presença da mãe. Quando ela seguiu-o até o quarto, ele fechou a porta em sua cara. Seus pais, para variar, não deram bola. A desconfiança com o fato começou a aumentar durante o dia enquanto aquele mesmo cd tocava inúmeras vezes e nenhum barulho a mais vinha do quarto do filho. A porta estava trancada. Sua mãe já preocupada chama o filho para o almoço ... nada de Beto aparecer. Mais tarde sua mãe muito mais preocupada bate na porta e chama:

- Filho!! Abre a porta, quero fala contigo.
- SAI DAQUI. – responde Beto com um grito.
- Filhooo! Abre a porta, por favor.
- NÃO

E foi assim no decorrer do dia. Sua mãe tentava falar com Beto e ele não tinha jeito de abrir a tal da porta. À noite, quando seu pai chegou, estressado com o trabalho e com a vida ainda teve que escutar sua esposa reclamando de seu filho:

- Ele ta o dia inteiro naquele quarto! Não almoçou, não foi pra aula e ta com o mesmo CD tocando desde de manhã.
- Aaah esse piá vai te o que merece, e vai se agora. – falou o pai arregaçando as mangas e indo em direção a porta do quarto, completamente alterado, estressado e nervoso, muito nervoso.

Sua idéia era de arrombar a porta e bater no seu filho até ele pedir pinico. Não agüentava mais as encenações dele, não agüentava mais se quer ouvir falar o nome do filho tamanho era sua raiva naquele momento. Com apenas um chute seu pai derruba a porta levando dobradiças e deixando um rombo no meio da madeira. Olha em volta do quarto na altura dos olhos e não vê ninguém. Vai até a sacada e Beto também não está lá. Quando se vira para sair do quarto, dá de cara com seu filho esticado na cama segurando um pacote de FLUOXETINA. Remédio usado contra depressão. No mesmo instante seu pai corre até o filho, desmaiado e muito pálido, dá uns tapas em seu rosto na tentativa de reacordá-lo . No mesmo instante sua mãe entra no quarto e dá de cara com a cena. Eles se olham, baixam a cabeça e choram de forma silenciosa a morte do filho. Apenas 18 anos, uma vida inteira pela frente, arruinada por todas as merdas que aconteceram com ele durante sua vida. Uma mente fraca que não soube agüentar a pressão. Mais tarde, quando o IML, junto com a polícia e os bombeiros vieram retirar o corpo, um bilhete cai do bolso do casaco do filho. No bilhete apenas um recado:
Obrigado por tudo que vocês não foram e deixaram de fazer. Isso contribuiu para todas minhas decisões. Inclusive essa. BETO

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

o.Ô
ui Niki.. ke ...ke.. tipo.. esse testo é..
putz...sei lá...
mas ..mto bom.muuito bom!
se foi tu ke escreveu...olha.. meeeus parabpens..e meo.. não pense em fazer nda disso..kkKkkkk
se não foi..
onde tu achou?aoiueoiaueiouae
Boua Niki...

saudades di ti..
e vamo atualiza mais vezes isso o/
=**

11/07/2006 12:34 PM  
Anonymous Anônimo said...

ae meu..ta doido? uhhuehueuheuhe massa o conto cara...se puxo..euheuheuhuhue...axo q nas proximas atualizacoes tenho uma ideia...ta afim de escreve sobre um trio mt chafurdao em ponta das canas? euheuhehueuhhuhe vamo nessa meu! abraço

11/07/2006 9:31 PM  
Anonymous Anônimo said...

Deus me livre,.....

bah tah lendo o q meu???
essas coisas tao te deixando muito trasch!!!

haushaushasu
abraco

11/08/2006 2:37 PM  

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