quinta-feira, março 20, 2008

É verdade que já faz um bom tempo que não escrevo. As vezes é difícil. Você fica num período de total falta de inspiração, e nada parece interessante. São fases. Quando sentei aqui agora, para escrever este post, ainda não senti aquela confiança de quem vai escrever algo realmente interessante. Mas esta data, eu não posso deixar passar.

Se alguém pensa que vou começar a escrever sobre a Páscoa, perdoem-me. É algo que para mim, é muito mais valioso. Amizade e amor. Palavras simples de nosso cotidiano. Estamos praticando-as todo momento. Vivendo, amando, fazendo amigos.

Conheci a Letícia já faz um bom tempo. Quando as preocupações se resumiam às provas de química e física no ensino médio. Não que eu seja um cara extremamente experiente, e tenha vivido muita coisa desde então. Mas a vida hoje, é mais complexa.Na verdade, não importa.

O Adolfo, tive o prazer de conhecer numa festa. Sinceramente, eu não lembro onde era e porque estávamos lá. Sei que eu fui mijar num canto, ele estava lá, e acabamos trocando uma idéia. Conversa de bêbado mesmo, algo sobre a cidade pequena e os preconceitos. Talvez ele não lembre muito bem disso, porque mais ou menos uma hora depois, ele estava com a cabeça pra fora de uma Brasília, vomitando os litros de vinho que a gente tomou. Porre de vinho! Tive pena dele, pensando como seria o dia seguinte. O meu também não foi muito agradável.

Enfim, não podemos isolar totalmente os fatos. Quando trata-se de conhecer pessoas, as coisas simplesmente vão acontecendo, como peças de um quebra-cabeça. A Lê, conheci através do Nado e da Gabi. O Adolfo, através dos grandes figuras: Matias, Arthur e Êdo.

E como eu disse, as coisas foram acontecendo. Todas essas pessoas se conheceram. Outros amigos entraram na história. Uns vieram de lá, outros de cá. Até que de repente, na minha casa, com uma (ou duas?) caixas de cerveja para tomar, a Lê e o Adolfo se conheceram. Conversaram, riram, na verdade não sei direito o que aconteceu. Mas pelo que eles falam, foi um daqueles momentos que você poderia conversar durante uma noite inteira com alguém.

Essas pessoas passaram a fazer parte da minha vida. Com o Adolfo, passava horas conversando, sentadito no muro da sociedade, tomando uma coca. Eu,Adolfo, Êdo, Arthur e Mathias, Niki.Conversas sobre filosofia,ciência, informática,religião,valores,política. Aprendi a apreciar uma boa conversa. O muro da soci, passou a ser palco de várias histórias.

A Lê, era a menina do correio. Sempre aparecia no meio disso tudo, toda feliz com aquela bicicleta divertida. Grande Lezinha.

E mais uma vez, as coisas aconteceram. O Adolfo e a Lê ficaram.Isso há mais de dois anos atrás. A Lê estava em dúvida, confusa. Troquei uma idéia com ela. Essas conversas esclarecedoras, sabem? Ela pareceu ter tomado uma decisão. Um dia, acho que algumas semanas depois de estarem ficando, os dois me comunicaram que iriam casar. Acho que naquele dia, não entendi exatamente, até achei um pouco equivocado.

Mas a convivência aumentou mais ainda, e tudo começou a fazer sentido. Enquanto isso, o círculo de amizade crescia, e tudo ia acontecendo. Churras e viola no Albergue. Coca no muro. Qualquer coisa era motivo de encontro.

Eles passaram a morar juntos, e aquele apê, era quase uma segunda casa para mim. As vezes eu pensava que enchia o saco, de tanto que ia lá. As vezes só para dar uma passada, tomar um café. As vezes olhar um filme, ou ficar horas conversando mesmo. "O apê do casal feliz". As coisas vão se moldando, na medida em que a amizade cresce.Transforma-se, em algo difícil de descrever.

Muita coisa aconteceu nisso tudo. Muita coisa mesmo. Eu mudei, eles mudaram, algumas pessoas tomaram outros rumos e outras se encontraram em nossos caminhos.

Há umas semanas atrás, fui tomado por uma felicidade imensa, quando soube que seria oficial. Eles vão casar, e eu seria um dos padrinhos. Acho que eles não têm idéia, da honra que sinto por isso.

Hoje, é o grande dia. Quinta feira, 20 de março de 2008.

E eu estou escrevendo, para desejar toda a felicidade do mundo para eles. Eu espero que vocês aproveitem tudo isso. O que vocês encontraram e o que vocês se tornaram, como casal, é algo maravilhoso. Vocês combinam de uma maneira mágica, e descombinam de uma maneira natural. A perfeição nunca pode ser objetivo, pois ela é entediante e não incentiva a mudar.

Letícia e Adolfo, do fundo de meu coração, amo vocês.

Sejam felizes

Do padrinho, amigo, companheiro, irmão, Dé, Dézinho...