Pequenas historias curtas
(pessoal.desculpem eventuais erros. estou num pc sem alguns acentos e cedilia)
Ele estava deitado em sua cama, apesar de ser bastante cedo. Apenas esperando o sono chegar, pois não havia mais nada à fazer.Embora quisesse pensar diferente, sabia que provavelmente amanhã seria mais um daqueles dias. Um dia como qualquer outro. Sem amor, sem paixão, sem vida, sem porra nenhuma.
Mais um dia empacotando congelados de senhoras donas de casa, no mercado onde trabalhava. Nesse mercado tinha um cara chamado Gilnei, que fazia o mesmo trabalho que ele e era tão inteligente quanto uma barata.Mas era o querido de todos. E Matias tinha inveja disso.
Não era inveja por todos gostarem dele. Mas queria fazer aquele trabalho sorrindo e cantando, sem ter a consciência de que aquilo tudo era uma merda. Nao valia coisa nenhuma, não acrescentava absolutamente nada.
Tinha tambem o chefe, um careca de 1,60m que achava que sabia das coisas. As vezes Matias tinha que organizar os produtos nas prateleiras. E o careca chegava, baguncava tudo e ia embora. "bando de loucos".
Agora na cama, ele abria os olhos algumas vezes, e observava uma pequena aranha no teto. Imaginou como seria sua vida se fosse uma aranha. Um mundo tão maior e belo.
Era dificil dormir com aquela claridade. Havia um poste de luz bem na frente da janela, e as cortinas tinham estragado ha alguns meses. Mas ele não arrumou vontade para consertar, e perdia algumas horas de sono com aquilo tudo.
Resolveu levantar e fazer algo interessante. Abriu uma garrafa de vinho e acendeu um cigarro. O vinho não era la essas coisas, mas dava pra tomar. Tomou as duas ultimas garrafas de vinho num silêncio incomum.
Ao inves de ficar com sono, o vinho lhe trouxe à tona a gritante e assombrosa realidade. Não havia dinheiro nem amigos, espaco ou felicidade. Havia apenas ele e suas noites, em companhia apenas de alguns livros e musica.
Precisava andar. Vestiu um casaco, e saiu para comprar mais vinho. Dessa vez um vinho bom. Podia deixar de almocar por uns dias, mas dessa vez beberia um vinho bom. Entrou na rua dos andradas, e caminhou ate achar um bar para comprar cigarros. Não havia vinho, então continuou.
No Big tinha alguns vinhos chilenos em promocão. Comprou 5 garrafas por 40 reais, e ganhou um abridor de brinde. Depois de sair, sentou num banco para observar o movimento.
Eram mais ou menos 8 da noite, e passavam muitas pessoas por ali. Ele contou umas 100 por minuto. Foi ficando cada vez mais bêbado, e o numero de pessoas foi diminuindo. Caiu para metade, e foi ficando vazio.
Agora ja não passava mais ninguem. Alguns ratos andavam pelo lugar e uns mendigos dormiam, mas nada mais alem disso. A solidão o encontrou mais uma vez. Ela era seu doce e irreparavel destino.
Voltou para o seu apartamento com 3 garrafas de vinho, e a aranha continuava por la. Tinha construido uma teia no canto da parede, e provavelmente estava esperando alguma presa. Matias percebeu o quanto aquela pequena aranha era solitaria. Sentou e abriu mais uma garrafa. Brindou à sua companhia. "um brinde à você, dona aranha".
Ele queria ser que nem ela. Ela provavelmente não queria ser ele.
Ele estava deitado em sua cama, apesar de ser bastante cedo. Apenas esperando o sono chegar, pois não havia mais nada à fazer.Embora quisesse pensar diferente, sabia que provavelmente amanhã seria mais um daqueles dias. Um dia como qualquer outro. Sem amor, sem paixão, sem vida, sem porra nenhuma.
Mais um dia empacotando congelados de senhoras donas de casa, no mercado onde trabalhava. Nesse mercado tinha um cara chamado Gilnei, que fazia o mesmo trabalho que ele e era tão inteligente quanto uma barata.Mas era o querido de todos. E Matias tinha inveja disso.
Não era inveja por todos gostarem dele. Mas queria fazer aquele trabalho sorrindo e cantando, sem ter a consciência de que aquilo tudo era uma merda. Nao valia coisa nenhuma, não acrescentava absolutamente nada.
Tinha tambem o chefe, um careca de 1,60m que achava que sabia das coisas. As vezes Matias tinha que organizar os produtos nas prateleiras. E o careca chegava, baguncava tudo e ia embora. "bando de loucos".
Agora na cama, ele abria os olhos algumas vezes, e observava uma pequena aranha no teto. Imaginou como seria sua vida se fosse uma aranha. Um mundo tão maior e belo.
Era dificil dormir com aquela claridade. Havia um poste de luz bem na frente da janela, e as cortinas tinham estragado ha alguns meses. Mas ele não arrumou vontade para consertar, e perdia algumas horas de sono com aquilo tudo.
Resolveu levantar e fazer algo interessante. Abriu uma garrafa de vinho e acendeu um cigarro. O vinho não era la essas coisas, mas dava pra tomar. Tomou as duas ultimas garrafas de vinho num silêncio incomum.
Ao inves de ficar com sono, o vinho lhe trouxe à tona a gritante e assombrosa realidade. Não havia dinheiro nem amigos, espaco ou felicidade. Havia apenas ele e suas noites, em companhia apenas de alguns livros e musica.
Precisava andar. Vestiu um casaco, e saiu para comprar mais vinho. Dessa vez um vinho bom. Podia deixar de almocar por uns dias, mas dessa vez beberia um vinho bom. Entrou na rua dos andradas, e caminhou ate achar um bar para comprar cigarros. Não havia vinho, então continuou.
No Big tinha alguns vinhos chilenos em promocão. Comprou 5 garrafas por 40 reais, e ganhou um abridor de brinde. Depois de sair, sentou num banco para observar o movimento.
Eram mais ou menos 8 da noite, e passavam muitas pessoas por ali. Ele contou umas 100 por minuto. Foi ficando cada vez mais bêbado, e o numero de pessoas foi diminuindo. Caiu para metade, e foi ficando vazio.
Agora ja não passava mais ninguem. Alguns ratos andavam pelo lugar e uns mendigos dormiam, mas nada mais alem disso. A solidão o encontrou mais uma vez. Ela era seu doce e irreparavel destino.
Voltou para o seu apartamento com 3 garrafas de vinho, e a aranha continuava por la. Tinha construido uma teia no canto da parede, e provavelmente estava esperando alguma presa. Matias percebeu o quanto aquela pequena aranha era solitaria. Sentou e abriu mais uma garrafa. Brindou à sua companhia. "um brinde à você, dona aranha".
Ele queria ser que nem ela. Ela provavelmente não queria ser ele.