O Mundo em uma Mesa em um Fim - de - semana as avessas

Já é do conhecimento de todos, que ano que vem eu vou para Europa. Pesquisando sites, lugares e mais tudo que possa interessar, encontrei o site do Couchsurfing, que funciona mais ou menos como um Orkut. Tu se cadastra no site, da maneira mais completa possivel. Fala de ti, do que tu gosta, música, fotos e etc... A partir dai, tu pode começar a hospedar viajantes que vem de outros estados do pais ou até de outro continente.

Claro que não vai ser na semana seguinte que tu se cadastrou, que alguém já vai vim pedir Couch na tua casa. Tem todo um lance de amigos que tu tem no site, referencias de quem tu já hospedou e de quem já te hospedou. Um site muito interessante pra mochileiros que querem gastar pouco com estadia, conhecer gente nova e conhecer lugares.

Pois bem, eu me cadastrei no site, entrei na comunidade de Florianópolis e comecei a receber incasávei emails todos os dias, alguns pedindo lugar para ficar, outros marcando trilhas para levar os hospedes que tinham em suas casas, enfim, varias coisas. Dentro elas, estava o encontro semanal do pessoal, que iria acontecer na Lagoa da Conceição na Confraria do Chopp. Eu não conhecia ninguém até o momento, sabia apenas chegar até o lugar. Chamei um amigo para não ir sozinho e tocamos pra lá. O "meeting" que é como chamamos, prometeria bombar. Estaria presentes 5 alemães, 2 meninas de curitiba, 1 carioca e mais todo o pessoal da ilha.

Chegando lá, me apresentei, já reconheci alguns que sempre postam coisas na comunidade, começamos a conversar e a nos conhecer. Cheguei a conclusão que tem gente que faz amigos na balada, outros bebendo, outros na escola e eu, faço amigos no Couchsurfing. E vou dizer a todos, foi com certeza a melhor noite que eu já fui desde que moro aqui. Uma galera completamente diferente, diferente da mesmice do dia - a - dia, diferente nos pensamentos, com uma vibe completamente diferente. Aquele espirito de mochileiro imperava, a vontade de um conversar com o outro e conhecer pessoas era o máximo.

Uma hora tu tava conversando com um carioca, que mora na Lapa, outra hora com as meninas de curitiba, outra hora com os alemães, que por sinal falavam portugues melhor que eu, outra hora tu tava falando ingles com o alemao que nao falava portugues e no final, todo mundo já se conhecia, faziam piadas um do outro e um pegava o contato do outro. Profile no CS, telefone, MSN, tudo...Com a vantegem de ao invés de você viajar, a viagem vem até você, numa comparação bem ruinzinha, mas é mais ou menos assim.

Só pra vocês terem noção de como funciona, essa conversa eu presenciei. A moderadora da comunidade de Floripa falando com o carioca da Lapa:

- Pois é, eu to querendo ir pro Rio no mês que vem....

- Ah, então fecho, fica lá em casa....só precisa levar uma caixa de cerveja no primeiro dia, é o ingresso - disse o carioca.

- Fecho então, vou te mandar um cocuh request ( requisição para ficar na casa da pessoa)

- Isso isso, ai já vai aumentando os numeros de couch pra mim...ehehehhehe

E pronto, estadia no RJ garantida, na Lapa.

3:30 da manha, hora de ir embora...

E para confirmar mais ainda o espirito do couchsurfing, eu estava conversando com a menina de Curitiba e comentei que no proximo sabado, dia 29, eu estaria lá numa feira, ela na hora me passou o contato dela dizendo para nos sairmos lá. Já começo a pensar seriamente em ir para lá pelo trabalho, e depois ficar lá e pegar uma festinha em curitiba com elas, que são muito gente boa, assim como todos os outros.


Sabado pela manha, conferindo os emails, eis que o Cassio informa e convida a todos que faria um "churrasquinho na laje" na casa dele, lá na Costeira - que fica uns 25km da minha casa - a um tempo atrás, com certeza eu já teria abortado a missão da sexta feira e a de sábado também. Mas no final de mês é a época que o foda-se liga sozinho e ai não tem jeito. Sai sexta, sabado fui no churrasco. Churras que me lembrou muito, mas muito, os churras que a gente faz em Nova Petrópolis. Carne, cerveja, violão e muita animação. Para completar faltou apenas alguém tocar um Ventania.

Depois do churrasco, todos foram pro bar do tião, onde só toca samba de raíz, afinal, os alemaes nao poderiam sair daqui sem ir num samba, comer um churrasco e tomar uma caipirinha.


E domingo, para terminar o fim de semana atipico, um churras com o pessoal do trampo, para adiantar a segunda-feira, já que 40% do assunto, foi trabalho......


I think couchsurfing starts to change my fucking routine =D

Projeto Zoropa 2010

Se você quiser saber o porque do meu sumiço no blog, continue lendo. Caso queira saber a justificativa do titulo, vá ao segundo paragrafo.As vezes, quase sempre, eu esqueço que tenho um blog. A vontade e a criatividade já foram maiores. E também, com a certa "espionagem" que eu sofro aqui, não me sinto a vontade pra escrever o que eu quiser, quando eu quiser e pra quem eu quiser. Meu tipo de histórias, geralmente pegam fatos reais, complementam com um pouco de fantasia ou ficção e acabam nascendo as histórias engraçadas, trsites e etc. Deste modo, até explicar que fucinho de porco não é tomada, eu já perdi a paciencia e me reservo o direito de não escrever mais como antigamente.

Vamos aos fatos. Já é da sabedoria de todos, que desde março desse ano, virei "gente" no meu emprego e não levo mais aquela vida de estagiário sem horário para chegar nem para sair, muito menos responsabilidades e prazos para cumprir. Agora ao invés da calça de moleton e da camisa de time de futebol, a calça jeans e a camisa social. Ao invés de sair para ir no mercado comprar coca e salgadinho, saio para outras cidades em reuniões com clientes. Trabalhando bastante, ganhando o suficiente, morando com os pais, não tendo que pagar aluguel, telefone, luz, aágua e com a ajuda do ócio, as coisas começam as ficar boas e interessantes.

Sempre fui bastante atraído por viagens. Ainda mais depois das vááárias histórias contadas pelo André e pelo Matias na viagem deles para Machupichu de carona. Fossem elas de um final de semana para os campeonatos estaduais da escola, jogando volei, para os hotéis fazenda que íamos em familia (quando a situação financeira era favorável, pro Uruguai fazer compras em Riveira, as idas e vindas de Floripa à Nova para rever os amigos ou até pelas cidades de SC no ano de 2009 quando comecei a dar aulas, fazer consultorias em cidades que eu mal sabia q existiam como São João Batista, Brusque, Criciuma, Blumenau e etc. Colocam a chave de um carro na minha mão, me dão o endereço e o nome da pessoa que tenho que falar. Isto pra mim já basta. Fosse para ficar um dia ou uma semana, uma mochila com roupas é o que chega, e as vezes sobra. Muitos me perguntam:

- Ta indo viaja?

- Sim, porque?

- E só vai leva essa mochila?

- Sim, porque?

- Não não, só pra saber...

Odeio malas, ando com 5 mochilas nas costas, mas nao compro uma mala. Gosto do desafio de chegar a algum lugar sem conhecer. Mesmo que meu senso de direção não seja bom, acho que a sorte compensa um pouco e fica tudo equilibrado.

Antes, eu tinha fixação em ter um carro. Onibus em dias de chuva ou de greve, não desejo nem para meu pior inimigo. Queria por que queria um carro. Imaginava que com ele poderia sair sexta, sabado, dias de semana, ir trabalhar com o carro quando estivesse chovendo e não demorar 50 minutos para ir de casa até o trabalho. Mas tudo isso não vem de graça, não mesmo. Pensando um dia, na praia, com aquele legitimo tempinho de primavera, com o sol na temperatura ideal um vento na areia, parece que as idéias vão pro lugar. Tico e teco fazem as pazes e dão a luz.

Caso eu comprar um carro, fico endividado, no minimo, pelos próximos 4 ou 5 anos. Levando em consideração uma prestação de 400 reais, mais no minimo 200 reais de combustivel, mais manutenção eu trbalharia para poder andar de carro, o que não me agrada nem um poco.

O fato é que desde os meus tempos de escola, quando tive contato com os primeiros intercambistas que iam pra Nova Petróplis, tenho essa vontade de viajar. Conhecer lugares que só vejo nos filmes, gente nova enfim, aquele espirito mochileiro que se resguardava em mim, e agora está saindo do armário. Conversava horas e horas com a Justine, que era da Austrália, com o Oivind, da Noruega, o Peter, da Bélgica e ficava viajaaaando nas conversas, eles contando como eram as coisas lá e minha mente criativa soltando fumaça.

E assim foi que veio a brilhante idéia de abrir mão de comprar um carro e com o dinheiro da prestação + gasolina + manutenção, guardar pra fazer a tão sonhada viagem. Destino?Europa, por favor! Começando na Inglaterra, passando pela Espanha, indo para França, Holanda, Alemanha, Itália e terminando na Grécia provavelmente.

Sem noção nenhuma de gastos, lugares, albergues. Absolutamente nada. Só eu, meu boné, minha mochila o Bruno (meu clega da faculdade) e uma máquina fotográfica, porque de nada adiantria visitar o Stonehandge ou o Coliseu sem ter uma máquina para registrar. Ia ser a mesma coisa que ficar sozinho numa ilha deserta com a Gisele Bundchen....